Uma investigação de membros do parlamento da Eritreia sobre o caso de vários jornalistas presos desde 2001 continua pendente e não há ainda data para que se conheçam as conclusões, disse o ministro da Informação, a 6 de Outubro.

Em Setembro de 2001, o governo decidiu “suspender” todos os média privados do país e deter vários jornalistas depois de alguns membros do partido do governo terem solicitado reformas democráticas numa carta dirigida ao presidente Isaias Afeworki.

A organização Human Rights Watch afirma que 18 jornalistas continuavam presos em 2003, mas, para o ministro da Informação da Eritreia, Abdu Ahmed, os detidos em causa não são jornalistas mas sim “agentes do inimigo” que desenvolveram a sua actividade durante e depois da guerra travada com a Etiópia entre 1998 e 2000.

Abdu Ahmed considera ainda que os jornalistas estão presos “por traição” e frisa que os órgãos de comunicação social privados não estão proibidos mas apenas “suspensos”.