Campanha de intimidação da imprensa no Azerbaijão

Desde as eleições presidenciais de 15 de Outubro, as autoridades do Azerbaijão desencaderam uma campanha para intimidar e silenciar a imprensa da oposição, acusa a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) no relatório da missão efectuada àquele país entre 5 e 7 de Novembro.

Segundo a organização, diversas acções perpetradas por forças governamentais têm motivos políticos e pretendem calar opiniões contrárias às do presidente Ilham Aliyev, filho do antigo presidente Heydar Aliyev, eleito entre acusações de fraude eleitoral.

Nas manifestações organizadas a 15 e 16 de Outubro para contestar os resultados, 54 jornalistas ficaram feridos e 16 outros foram detidos. Um deles, Rauf Arifoglu, chefe de redacção do “Yeni Musavat”, enfrenta mesmo uma pena de prisão de 12 anos, caso seja condenado por incitação à desordem pública.

Desde essa altura, os jornais ligados à oposição foram excluídos da tipografia estatal, e o fornecimento de papel, controlado por um monopólio governamental, aumentou de preço para as gráficas privadas.

A FIJ exige a libertação de Rauf Arifoglu, a criação de uma comissão independente para investigar os ataques a jornalistas durante as manifestações, o fim da exclusão dos jornais da tipografia estatal e a reformulação das leis de difamação, incluindo a lei de ‘Insulto ao Presidente’.

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