Brasil assinalou Dia do Jornalista

Debates sobre escutas telefónicas aos jornalistas, no Espírito Santo, e sobre o que deve ser o futuro dos média, no Mato Grosso do Sul, e protestos simbólicos no Rio de Janeiro foram as actividades mais marcantes do Dia do Jornalista, assinalado a 7 de Abril no Brasil.

De acordo com a Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), a comemoração deste ano foi uma das mais agitadas dos últimos tempos, com as estruturas sindicais de 14 estados a mobilizarem-se para o combate ao cerceamento da liberdade de imprensa, em prol da valorização profissional e por acções de fortalecimento das campanhas salariais.

A FENAJ aproveitou ainda a data para apresentar um manifesto intitulado “Para avanços sociais no Brasil também é preciso valorizar a profissão de jornalista”, em que critica a retirada de conquistas e direitos, a precarização das relações e condições de trabalho, os baixos salários e o desemprego que afectam a classe.

Sustentando que “não há democracia sem liberdade de imprensa e não há liberdade de imprensa sem liberdade, autonomia e condições dignas de trabalho para os jornalistas”, a organização – que comemora 60 anos em 2006 – adiantou que irá divulgar em breve um Relatório sobre Violências contra os Jornalistas e que, em Julho, realizará um congresso para debater a democratização da comunicação, através da promoção dos órgãos de comunicação social comunitários.

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