Autoridades iranianas encerram jornais

As autoridades iranianas encerraram a 11 de Setembro o diário “Sharq” por este não ter substituído o director-executivo Mohammad Rahmanian, acusado de publicar artigos blasfemos e de insultar funcionários do Estado e personalidades religiosas.

A ordem de substituição tinha sido dada a 10 de Agosto pelo Conselho de Supervisão da Imprensa, entidade na dependência do Ministério da Cultura e da Orientação Islâmica, que deu o prazo de um mês para que a mesma fosse cumprida.

De acordo com a Reuters, Mohammad Rahmanian solicitou, a 10 de Setembro, mais dois meses para encontrar um sucessor e pretende recorrer da ordem de encerramento, embora segundo Mashallah Shamsolvaezin, porta-voz do Comité Iraniano para a Defesa da Liberdade de Imprensa, esta aparente ser definitiva.

Também a 11 de Setembro, o Conselho de Supervisão da Imprensa ordenou o encerramento do mensário político “Nameh”, acusado de blasfémia e insulto a figuras religiosas, e levantou a suspensão ao jornal estatal “Iran”, que estava proibido desde 23 de Maio por ter publicado um cartoon que causou distúrbios na cidade de Tabriz, e que conta a partir de agora com uma nova equipa dirigente e redactorial.

Segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), os tribunais iranianos já encerraram mais de uma centena de publicações desde 2000, a maior parte das quais pró-reformistas.

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