Três bombas de fabrico caseiro explodiram frente às instalações do diário “Kibris”, no Norte de Nicósia, na parte turca da ilha de Chipre, mas sem provocarem quaisquer danos pessoais.
Este acto de intimidação ainda não reivindicado foi condenado pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que relembra que o diário “Kibris” apoiou o plano de paz das Nações Unidas para reunificar a ilha, dividida desde que a Turquia a invadiu em 1974 a pretexto de que estaria em preparação um golpe de cipriotas gregos ultra-nacionalistas visando a integração de Chipre na Grécia.
Basaran Duzgun, editor do jornal, desconfia que por detrás do ataque estão grupos paramilitares ou ultra-nacionalistas, e revelou que diversos jornalistas do periódico receberam ameaças de morte nos meses que precederam o referendo acerca da reunificação da ilha, realizado a 24 de Abril.
No referendo, os cipriotas gregos rejeitaram o plano de reunificação, enquanto os cipriotas turcos maioritariamente o aprovaram.