Assassinos de jornalistas condenados na Rússia e no Haiti

Um tribunal da república russa do Tatarstão condenou cinco membros de um grupo criminoso a duras penas de prisão pelo assassinato do repórter Igor Domnikov. Igualmente severa foi a sentença de prisão perpétua aplicada no Haiti a dois homens envolvidos na morte do jornalista Jacques Roche.

No caso haitiano, os indivíduos condenados a passar o resto da vida na prisão por um tribunal de Port-au-Prince são Alby Joseph e Chéry Beaubrun, que a 10 de Julho de 2005 raptaram, torturaram e mataram Jacques Roche, chefe da secção de arte e cultura do “Le Matin”.

Esta condenação surge 20 dias após a criação de uma comissão de apoio às investigações dos assassinatos de jornalistas, promovida pelo presidente René Préval e pela organização não-governamental SOS Journalistes.

No caso russo, um tribunal de Kazan, no Tatarstão, condenou a 28 de Agosto Eduard Tagiryanov e Sergei Babkov a prisão perpétua e Albert Khuzin, Nikolai Kazakov e Gennady Bezuglov a, respectivamente, 25, 19 e 18 anos de prisão numa prisão de alta segurança pelo assassinato do jornalista Igor Domnikov.

Repórter e editor de projectos especiais no “Novaya Gazeta” – título que nos últimos sete anos perdeu três jornalistas em virtude de assassinatos – Igor Domnikov foi agredido com violência na cabeça à porta do prédio onde vivia, a 12 de Maio de 2000, vindo a falecer a 16 de Julho desse ano, após dois meses em coma.

Embora vejam estas decisões judiciais como “sinais positivos” no combate à impunidade, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) instaram as autoridades do Haiti e da Rússia a levarem perante a justiça outros envolvidos nos crimes que ainda estejam à solta, como será o caso dos mandantes.

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