O presidente uzbeque Islam Karimov concedeu a 22 de Dezembro uma amnistia geral aos presos do seu país, mas o jornalista Ruslan Sharipov, preso desde 26 de Maio, não foi incluído por o seu crime ser considerado “demasiado grave”, informou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Ruslan Sharipov foi condenado a quatro anos de prisão por “homossexualidade” e “relações sexuais com menores”, acusações das quais se declarou culpado a 8 de Agosto. Porém, numa carta enviada a Kofi Annan a 5 de Setembro, o jornalista disse ter produzido essas declarações após tortura física e psicológica.

Ex-presidente do Sindicato de Jornalistas Independentes do Uzbequistão e correspondente da agência de notícias russa Prima, Ruslan Sharipov foi galardoado pela Associação Mundial de Jornais com a Caneta Dourada da Liberdade de 2004, pela sua “corajosa resistência aos ataques, tortura e assédio constante do regime repressivo do presidente Islam Karimov”.