África do Sul acolhe Fórum Mundial de Editores

O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, inaugurou a 4 de Junho, na Cidade do Cabo, o 14.º Fórum Mundial de Editores e o 60.º Congresso Mundial de Jornalistas, que se realizam pela primeira vez no continente africano.

Falando perante 1600 editores e executivos de todo o mundo, o presidente Mbeki lembrou que a África também sofre os efeitos do conflito entre poder político e liberdade de informação, o que faz com que haja jornalistas presos no continente, o que “é preocupante para todos”.

Mbeki destacou a importância de uma imprensa forte – como a que nasceu na África do Sul após o derrube do apartheid – no desenvolvimento da consciência social contra os governos que perseguem impunemente os jornalistas.

“A questão da liberdade dos média no continente é importante porque o direito da imprensa a informar e esclarecer os povos da África não pode ser contestado”, disse Mbeki, convidando os editores a “fixarem-se bem neste continente e no seu potencial”.

O director-geral da Associação Mundial de Jornais (WAN, sigla em inglês), Timothy Balding, sublinhou por seu turno a necessidade de promover a solidariedade no sector, como no lema das lutas sindicais: “O ferimento de um é o ferimento de todos”.

Já o presidente da organização, Gavin O`Reilly, optou por destacar a “boa saúde” do sector e o seu futuro promissor graças às novas tecnologias digitais.

“A informação da nossa era é a base dos bons governos e do desenvolvimento económico, mas é também uma ferramenta para pôr fim à fome e à corrupção”, disse O`Reilly.

Durante a sessão foi entregue o prémio jornalístico “Golden Pen 2007” do Fórum Mundial de Editores ao jornalista chinês Shi Tao, que não pôde recebê-lo pessoalmente, por se encontrar a cumprir uma pena de dez anos de prisão por denunciar, através de um e-mail, alegadas pressões do governo sobre jornais para que censurassem as reportagens sobre o aniversário dos confrontos na Praça Tiananmen.

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