Um homem afegão acusado da morte de quatro jornalistas, há três anos, foi agora considerado culpado e condenado à morte pelo Tribunal de Segurança do Afeganistão.

Reza Khan, de 29 anos, que já tinha também morto a própria esposa, foi ainda considerado culpado da violação de uma mulher italiana e, segundo Abdul Baset Bakhtari, juiz do Tribunal de Segurança Nacional, não existem dúvidas acerca de nenhum dos crimes.

O operador de câmara australiano Harry Burton e o fotógrafo afegão Azizullah Haidari, ambos de 33 anos e a trabalharem para a Reuters, foram mortos a 19 de Novembro de 2001 a 90 quilómetros de Cabul, o mesmo sucedendo ao jornalista espanhol Julio Fuentes, do “El Mundo”, e à jornalista italiana Maria Grazia Il Cutuli, do “Corriere della Sera”.

Os quatro jornalistas foram mandados parar quando vinham do Paquistão em direcção a Cabul, poucos dias após a retirada dos talibãs da cidade.

Reza Khan admitiu ter disparado contra o fotógrafo afegão bem como ter assassinado a própria mulher, mas disse não ter morto os jornalistas, nem ter cometido qualquer violação. Acrescentou ainda que fora forçado por Mohammad Agha, identificado como um líder local, sob pena de ser morto.

No entanto, um funcionário judicial disse que, numa confissão anterior, Reza Khan tinha admitido o assassinato de todos os jornalistas, excepto da italiana. Todavia, numa confissão transmitida em Agosto pela Kabul Television, já afirmava ter morto apenas um dos repórteres.