Em vésperas da greve decidida pelos jornalistas da Agência Lusa como forma de luta contra a intransigência negocial da administração da empresa, o Sindicato dos Jornalistas procurou resolver o impasse pelo reatamento do diálogo, mas as suas diligências resultaram infrutíferas ao esbarrarem em condicionamentos inaceitáveis.

1. Na sequência das diligências iniciadas há vários dias, o Sindicato dos Jornalistas desenvolveu, durante as últimas horas, novos esforços no sentido de obter, do Conselho de Administração da Agência Lusa, uma aproximação de posições que permitisse ultrapassar o impasse negocial.

2. O SJ não obteve, contudo, qualquer compromisso que satisfizesse a expectativa dos jornalistas, uma vez que a Administração da Lusa recusa negociar sob a ameaça de greve, apontando como condição para o início da fase técnica das negociações a suspensão da paralisação – convocada para os dias 14, 15, 16 e 17 do corrente – e remetendo para Segunda, dia 18, ou Terça-feira, 19 a fase seguinte.

3. O SJ lamenta não ter conseguido uma saída negociada para o impasse negocial, mas continua firme no propósito de a obter, a qualquer momento, pelo que apesar de manter o pré-aviso de greve para as zero horas de amanhã, dia 14, permanece aberto ao diálogo.

4. Recorde-se que os jornalistas da Lusa lutam pela correcção dos seus salários de 2000, aliás impostos por mero acto de gestão, depois de tentativas infrutíferas para os negociar, tendo sido entretanto largamente ultrapassados pela inflação.