Após intensas negociações, sindicatos de jornalistas de Espanha e Itália e empresas de comunicação social desses países que anunciaram despedimentos colectivos alcançaram acordos de princípio que reduzem os impactos reais das decisões empresariais.

Em Espanha, o Sindicato de Jornalistas da Catalunha conseguiu negociar com o grupo Zeta uma redução de 17% nos despedimentos, sendo que a decisão irá afectar agora 442 pessoas, ao invés das 531 anunciadas pela empresa no final de 2008. O pacto, assinado na madrugada de 3 de Fevereiro, baseia-se em reformas antecipadas e rescisões amigáveis com indemnizações entre os 20 e os 48 dias de salário por ano de trabalho.

Em Itália, após cinco meses de conversações a administração da emissora televisiva La7 concordou em anular a decisão de despedir 25 jornalistas, em troca de uma redução do horário de trabalho e do salário de elementos da redacção.

“O acordo é um sacrifício (também económico) que os jornalistas enfrentam com grande responsabilidade, não só para defender legitimamente o seu trabalho como para sustentar com força a participação profissional e moral de desenvolvimento do pluralismo”, afirma a Federação Nacional da Imprensa Italiana, numa alusão ao papel mais neutro que a La7 desempenha no politizado panorama audiovisual transalpino.

O entendimento foi alcançado na noite de 3 de Fevereiro nas instalações do Ministério do Trabalho e terá uma duração de dois anos, começando no dia 1 de Março próximo e terminando a 28 de Fevereiro de 2011.