Desvendar aspectos menos conhecidos da personalidade de Agostinho Neto, o principal obreiro da independência de Angola, é o objectivo do livro “Agostinho Neto, uma vida sem tréguas”, um trabalho de investigação editado pelo jornalista português Acácio Barradas.
Lançada no ano em que passam três décadas sobre a independência de Angola, esta obra reúne testemunhos de diversos jornalistas, historiadores, políticos, condiscípulos, correligionários, familiares, amigos e admiradores de Agostinho Neto e desvenda muitos aspectos da vida e obra do homem, do cidadão, do poeta e do político.
O livro apresenta ainda um retrato biográfico do antigo Presidente da República Popular de Angola feito pelos jornalistas Acácio Barradas, Moutinho Pereira e Artur Queiroz, este último responsável por uma entrevista à viúva de Agostinho Neto, a escritora Maria Eugénia Neto.
A vertente poética de Agostinho Neto é abordada num ensaio de Pires Laranjeira, conceituado especialista em literaturas africanas, tendo também sido incluída no livro uma ode de Luís Veiga Leitão em homenagem “ao amigo e camarada das prisões e tribunais plenários nos tempos do fascismo”, ilustrada por um retrato à pena do poeta, pelo artista António Domingues.
Agostinho Neto é ainda recordado através dos depoimentos de personalidades angolanas – como a filha Irene Alexandra Neto, vice-ministra das Relações Exteriores para a Cooperação, o ex-primeiro-ministro Lopo do Nascimento ou Ruy Mingas, ex-embaixador de Angola em Portugal – e portuguesas – como o general Pedro Pezarat Correia, o presidente do PS António Almeida Santos ou o historiador Pedro Ramos de Almeida.
Fazem igualmente parte deste livro testemunhos de mais de vinte personalidades, coligidos de várias fontes, e textos que Agostinho Neto escreveu na prisão sobre temas como o racismo ou a independência, assim como frases seleccionadas dos seus discursos e conferências.
“Agostinho Neto, uma vida sem tréguas” é lançado dia 24 de Outubro, às 18 e 30 horas, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, em Lisboa.
