A FEJ e a FIJ apoiam luta dos jornalistas portugueses em defesa da RTP

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) expressaram hoje a sua profunda preocupação com a intenção do governo Português de privatizar total ou parcialmente a Rádio e Televisão de Portugal (RTP).

Numa declaração pública divulgada em Bruxelas, as duas importantes organizações de jornalistas sublinham o facto de o Orçamento do Estado para 2013 referir que o processo de privatização da estação pública se encontra em “fase final de estudo”, bem como os cortes nas subvenções públicas às duas empresas: 42,2 por cento na RTP e os 30, 9 por cento na agência de notícias Lusa.

“Portugal é um país membro da União Europeia, a qual continua a defender a necessidade de os cidadãos terem acesso a uma informação plural através de suas emissoras de serviço público”, lembra o presidente da FIJ, Jim Boumelha, manifestando o apoio da organização ao Sindicato dos Jornalistas, seu associado, bem como aos restantes sindicatos e demais organizações que lutam pela defesa do serviço público de Rádio e de Televisão.

No mesmo sentido se pronuncia Arne König, presidente da FEJ, que manifesta igualmente o seu apoio à luta dos jornalistas na agência Lusa e no jornal “Público”. “Em tempos de austeridade e de uma forte pressão sobre os sistemas democráticos, consideramos extremamente desaconselhável fazer este tipo de cortes, diminuindo assim as ferramentas de diálogo social na sociedade”, afirma Arne König.

“Tanto a FIJ como a FEJ acompanham o debate sobre a RTP”, refere o documento, onde as duas organizações manifestam ainda a sua preocupação com o “número de empregos que pode perder-se e a ameaça ao pluralismo se o governo continuar com seus planos de privatizar a RTP”.

“Pedimos que os membros do Parlamento Português assumam a responsabilidade pela defesa do jornalismo como um bem público e recusem o plano de privatização” da RTP, acrescentou König.

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