O movimento cívico Fartos/as dEstes Recibos Verdes (FERVE) está a levar a cabo uma petição contra os falsos recibos verdes que pretende entregar na Assembleia da República em Janeiro, precisando para tal de reunir pelo menos duas mil assinaturas.
No entanto, segundo declarações do jornalista André Soares, um dos fundadores do FERVE, o objectivo é atingir as cinco mil assinaturas, algo que o movimento espera alcançar até meados de Janeiro.
A primeira acção de rua do FERVE decorreu na zona da Baixa/Chiado, em Lisboa, a 16 de Novembro, e contou com a participação activa de um outro movimento contra a precariedade laboral chamado Precários Inflexíveis (PI), nascido em Lisboa no passado mês de Maio e que teve entre os seus fundadores os jornalistas Pedro Rodrigues e João Pacheco (vencedor do Prémio Gazeta Revelação deste ano).
É preciso denunciar [a situação dos trabalhadores que ilegalmente estão a recibos verdes], porque um terço dos trabalhadores nacionais estão numa situação de precariedade, são 1,7 milhões de pessoas que não têm os seus direitos salvaguardados, afirmou Pedro Rodrigues.
Até ao momento, a petição já foi assinada por cerca de 1100 pessoas, um número que inclui não só as assinaturas recolhidas em Lisboa como também as que já haviam sido obtidas no Porto, cidade onde o FERVE nasceu.
Até ao final do ano, o FERVE e o PI prometem continuar a organizar acções simpáticas e não manifestações, até porque somos poucos e porque hoje em dia já é quase proibido manifestarmo-nos, assegurou João Pacheco.
