O jornal liberiano “The Independent” viu a sua licença de publicação revogada por um ano e as suas instalações encerradas pela polícia durante 48 horas na sequência da publicação de fotografias explícitas do ministro Willis Knuckles em actos sexuais com duas mulheres.

As imagens foram publicadas nas edições de 20 e 27 de Fevereiro do jornal e motivaram a demissão e um pedido de desculpas do governante, que detinha a pasta dos Assuntos Presidenciais.

Segundo o Sindicato da Imprensa da Libéria (PUL), a conduta do jornal foi errada e por tal será punida internamente com uma suspensão de três meses por desrespeito aos códigos éticos da classe, escusando o governo de recorrer a actos vingativos excessivos contra a publicação ou contra o editor Sam Dean, que já recebeu ameaças de morte.

No mesmo sentido se pronunciou a delegação africana da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), relembrando que, num caso relacionado, o PUL multou a Radio Veritas em 2500 dólares liberianos (40 euros) por ter “emitido uma descrição vívida do material obsceno”.