O Conselho de Redacção (CR) da Lusa estranha e lamenta o teor do comunicado do Conselho Deontológico sobre as notícias referentes à banda larga emitidas pela Agência e considera que o parecer daquele órgão peca dos mesmos erros atribuídos aos jornalistas e ao CR.
Em comunicado divulgado hoje, 17 de Fevereiro, o CR critica fortemente o parecer do Conselho Deontológico (CD), reafirma as posições anteriormente assumidas e manifesta a sua perplexidade por não ter sido ouvido numa matéria em que um dos princípios em causa era justamente o respeito pelo contraditório.
Segundo o documento, é um facto que, como afirma o CD, “a ética e a deontologia dos jornalistas não são plásticas”, mas já “a ética e a deontologia do Conselho Deontológico parecem ser plásticas, quando este órgão supostamente representativo de todos os jornalistas não se coíbe de atacar os representantes dos jornalistas da Lusa sem os ouvir”.
Os membros eleitos do CR “rejeitam ainda liminarmente as insinuações do Conselho Deontológico de que seriam contrários ao direito de resposta”, estranham que o Conselho Deontológico “escamoteie e considere legítimas pressões vindas do lado do Governo para que se publique um comunicado não assumindo a sua autoria” e frisam que a notícia original que deu origem a toda a polémica “nunca foi desmentida oficialmente pelo governo”.
O comunicado salienta, por outro lado, que as “apreciações infelizes do Conselho Deontológico não podem ser confundidas com a posição do Sindicato dos Jornalistas”, lembrando a propósito a tomada de posição da Direcção do SJ sobre o assunto.
A terminar, o CR lamenta que a sua posição “nunca tenha merecido qualquer notícia no serviço da Lusa, ao contrário do que sucedeu com o parecer do CD”, bem como o facto de, ao dar a notícia, a Lusa, “certamente por esquecimento, não tenha seguido o parecer do CD relativamente ao principio do contraditório, não ouvindo os membros eleitos do CR enquanto partes visadas”.
