Jornalistas da Lusa condenam clima de coacção

Os jornalistas da Lusa, reunidos em plenário a 9 de Outubro, repudiaram o clima de coacção na empresa e exigiram a anulação imediata das cartas enviadas a cinco jornalistas visando concretizar um despedimento colectivo não assumido, em moção cujo texto integral divulgamos neste sítio.

Moções aprovadas no plenário de 9 de Outubro de 2002

“Proposta aprovada no ponto 1 – Situação na Redacção:

“Os jornalistas da Agência Lusa, reunidos em Plenário no dia 9 de Outubro de 2002, decidem:

“1 – Repudiar o processo de envio de cartas a cinco trabalhadores visando concretizar um despedimento colectivo não assumido, de forma prepotente e sem qualquer espécie de diálogo, criando um clima de coacção psicológica sobre os trabalhadores afectados;

“2 – Exigir à Administração a anulação imediata das cartas já enviadas;

“3 – Reclamar à Administração que assine o Regulamento de Avaliação de Desempenho há alguns anos acordado com os sindicatos e que a Administração recusou assinar, como forma de evitar a repetição de processos semelhantes com base em avaliações fantasma, que ninguém sabe como se processaram;

“4 – Alertar para que os jornalistas só podem ser mudados de horário com a seu acordo e devem denunciar aos seus representantes atitudes de pressão e recordar que o trabalho extraordinário tem de ser remunerado, nos termos da lei e do Acordo de Empresa (AE) da Lusa;

“5 – Repudiar a tentativa de alterar os horários de fim-de-semana sem qualquer diálogo com os jornalistas abrangidos, de forma prepotente e ilegítima.

(aprovada com um voto contra e seis abstenções)

“Proposta aprovada no ponto 2 – Revisão salarial 2002

“O plenário de jornalistas da Lusa, reunido em 9 de Outubro de 2002, decide solicitar ao Ministério do Trabalho que informe o Sindicato dos Jornalistas sobre qual a resposta da Administração da Lusa e reafirmar a urgência de essa resposta à proposta do SJ no prazo de 15 dias.”

(aprovada com uma abstenção)

Partilhe