Os jornalistas vão entrar em greve pela quarta vez, entre 27 e 29 de Março, em defesa da assinatura e implementação de contratos colectivos de trabalho, aumentos salariais, melhoria das condições de trabalho e defesa da qualidade da informação, entre outras reivindicações. Esta paralisação terá uma duração de 48 horas e ocorrerá menos de um mês após uma acção de protesto que deixou o país sem notícias durante um dia.

O Sindicato dos Jornalistas da Imprensa Diária de Atenas (Journalists Union of Athens Daily Newspapers, JUADN) manteve a promessa de convocar uma nova greve. Após a paralisação que decorreu entre 6 e 7 de Março, que foi a terceira deste ano, o sindicato decidiu lançar uma acção de protesto que se estenderá por 48 horas, ou seja, o dobro da duração das anteriores.

A greve decorrerá entre as seis da manhã de 27 de Março e as seis da manhã de dia 29. A acção de protesto não incluirá os jornalistas da rádio pública, da televisão pública E. R. T. e da estação privada de televisão ALTER, uma vez que foram assinados acordos colectivos de empresa naqueles órgãos de comunicação social.

Durante as paralisações anteriores dos jornalistas gregos, os jornais não circularam e não houve noticiários ou programas de informação na rádio e na televisão.

O caderno reivindicativo da JUADN assenta em sete pontos centrais:

1. Defesa dos postos de trabalho e protecção das relações de trabalho.

2. Assinatura de Acordos Colectivos de Trabalho satisfatórios e que garantam salários decentes.

3.Implementação dos Acordos Colectivos de Trabalho existentes e adopção de leis definindo os direitos e obrigações dos jornalistas e da entidade empregadora.

4.Adopção de passos para salvaguardar a qualidade das notícias, garantindo que o público é informado com liberdade e objectividade.

5.Adopção de medidas para salvaguardar a saúde e a segurança no local de trabalho.

6.Defesa e melhoria dos direitos de todos os trabalhadores no sector da informação, com a adopção de soluções justas e realistas.

7.Revindicação de aumentos salariais idênticos aos dos membros da JUADN, para todos os jornalistas, que sejam ou não membros da União da Imprensa Periódica e Electrónica e trabalhem em companhias que possuam jornais, revistas ou «websites».

Mais informação sobre o processo de luta dos jornalistas gregos pode ser obtida através do sítio da JUADN, para o qual podem também ser enviadas mensagens de solidariedade.