FIJ critica controlo da informação na China

Com o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista à vista, várias atitudes das autoridades preocupam a Federação Internacional dos Jornalistas que pede ao presidente chinês, Xi Jinping, para garantir “a livre circulação da informação” no país.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) teceu fortes críticas àquilo que considera serem restrições à liberdade de informação na China quando se prepara o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista, agendado para Pequim, no próximo dia 18. Ao mesmo tempo, a FIJ dirigiu um apelo a Xi Jinping, presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista, no sentido de que este garanta “a livre circulação da informação” no país.

A FIJ manifestou preocupação com várias situações, designadamente o desaparecimento de diversos jornalistas cujas vozes são consideradas incómodas para as autoridades, enquanto outros permanecem sob fortes medidas de vigilância.

A organização cita o Committee to Protect Journalists ao referir que Ding Lingjie, responsável pelo Minsheng Guancha, entidade ligada à defesa dos Direitos Humanos, desapareceu no passado dia 22 de setembro, em Shangdong, estando o seu computador e o telemóvel desligados. E, quando os seus familiares informaram a polícia acerca do sucedido, a resposta foi que se encontrava detido pelas autoridades locais. Os familiares acreditam que a detenção estará relacionada com o trabalho desenvolvido no seu site e com a proximidade do Congresso, uma vez que Ding Lingjie tem sido uma voz crítica contra o governo e já foi detida noutras ocasiões.

Outro caso é o de Wu Lijuan, publicista do Rose China, colocada sob vigilância em Hubei desde o final de setembro sem que sejam conhecidos os motivos para essa medida.

A Radio Free Asia indicou também o caso de Zhai Yanmin, outro ativista dos Direitos Humanos, tendo Liu Ermin, a sua mulher, informado que estava desaparecido desde o início da passada semana e com o seu telemóvel também desligado.

Além disso, ao longo do mês de setembro, plataformas de informação e redes sociais como o WhatsApp foram experimentando dificuldades e interrupções no funcionamento regular.

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