FIJ condena decisão do governo israelita em fechar serviço público de TV e rádio

Governo de Netanyahu antecipou encerramento que fora agendado para dia 15. Fim surge após 49 anos de serviço. Vários meios de comunicação acusam o primeiro-ministro de pretender o controlo dos media.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) condenou a decisão do governo israelita em encerrar a cadeia pública televisiva e radiofónica, após 49 anos de serviço, num contexto de alteração da Israel Broadcasting Authority (IBA), ou seja, a Autoridade para a Radiodifusão, por uma outra entidade, também com financiamento público, designada por Kan.

De acordo com a FIJ, a medida de troca da IBA pela Kan foi justificada pelo facto de o Executivo considerar que a primeira é “demasiado burocrática, tem gastos elevados e funcionários a mais”.

Contudo, diversos meios de comunicação noticiaram que a decisão está relacionada com uma tentativa de controlo dos media por parte do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, alegando que este os vê como “hostis às suas políticas”.

A mudança de entidades fora marcada para o próximo dia 15, mas o governo decidiu antecipar a medida depois de receber luz verde do Parlamento.

Deste modo, como indica a FIJ, os trabalhadores da IBA foram informados de forma repentina, “deixando centenas deles numa situação indefinida”, uma vez que ainda não é claro o modo como vai processar-se a passagem de alguns deles para a futura entidade.

Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ, afirmou: “A decisão governamental de maneira tão brutal é um desrespeito pelo trabalho desenvolvido por gerações de jornalistas que serviram o público israelita. Além disso, revela uma evidente falta de compromisso com os valores do serviço público e uma descarada tentativa de controlo da futura entidade.”

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