Sindicato dos Jornalistas preocupado com despedimentos na Cofina

Vários trabalhadores foram confrontados, nos últimos dias, com propostas de rescisão de contrato.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) está profundamente preocupado com as informações que lhe têm chegado através de trabalhadores da Cofina, que, em parte, foi confirmado pela administração do grupo, com a qual voltou a reunir-se recentemente.
Vários jornalistas do grupo têm sido chamados e confrontados com propostas de rescisão de contrato, nos últimos dias.
A 24 de fevereiro, numa reunião entre o SJ e a administração da Cofina, esta reconheceu que o grupo poderá avançar para o despedimento de dezenas de trabalhadores. Os administradores Luís Santana e Alda Delgado classificaram os resultados dos dois primeiros meses deste ano como “dantescos”, dadas as quebras nas vendas das várias publicações do grupo e também nas receitas de publicidade.
Vários jornalistas do grupo Cofina aludiram igualmente a indicações de que a empresa poderá estar à venda, após os resultados de 2016, que, ainda que tenham sofrido uma quebra, representaram um lucro superior a quatro milhões de euros. O cenário de venda não foi referido pelos administradores quando se reuniram com o SJ.
O SJ entende que houve uma inversão no discurso da administração da Cofina em relação à reunião anterior, realizada no dia 30 de novembro de 2016. Se, por essa altura, estava afastado qualquer cenário de despedimento coletivo e se falava apenas na necessidade de “rescisões pontuais com alguns trabalhadores menos adaptados”, na segunda reunião, a administração admitiu recorrer a “todas as armas legais”, num “exercício transversal a todos os departamentos” da empresa, para “emagrecer a estrutura”, sublinhando que as receitas atuais não aguentam “a folha salarial” corrente.
O SJ manifesta solidariedade aos trabalhadores da Cofina e recorda que está ao dispor dos seus associados para todo e qualquer apoio que se torne necessário durante este processo.

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