A Alta Autoridade para a Comunicação Social considerou que os diários “24 Horas” e “Correio da Manhã” desrespeitaram o direito ao bom-nome e reputação das mulheres de duas personalidades do mundo desportivo, que foram objecto de notícia a propósito de uma operação da Brigada de Trânsito da GNR.
Em deliberação aprovada por unanimidade, a 29 de Janeiro, a AACS recomenda aos dois jornais “a necessidade do escrupuloso cumprimento do normativo ético-legal a que estão obrigados, designadamente no respeito pelo direito à privacidade e ao bom nome e reputação das pessoas”.
Para a Alta Autoridade, os dois jornais colocaram as mulheres de um dirigente desportivo e de um treinador como cerne de matéria noticiosa, apesar de não serem figuras públicas. Ao fazê-lo, aqueles diários colidiram com direitos pessoais.
A AACS chamou ainda a atenção do “Correio da Manhã” para “a vantagem do cumprimento da regra técnica e deontológica da audição do contraditório, importante elemento do rigor da informação, mesmo em conjugação com o uso de fontes supostamente fidedignas que, na circunstância, não se revelaram como tal”.
