Xinhua supervisiona distribuição de notícias estrangeiras na China

O governo chinês anunciou a 10 de Setembro que a agência noticiosa Xinhua vai supervisionar a distribuição de notícias estrangeiras dentro da China e censurar todas as histórias, fotografias e outra informação que seja considerada ofensiva em diversas categorias.

Assim, correm o risco de ser censurados os elementos noticiosos que violem os princípios básicos consagrados na Constituição da República Popular da China; prejudiquem a unidade nacional, a soberania e a integridade territorial; coloquem em risco os interesses, a reputação e a segurança nacional; e violem as políticas religiosas da China ou preguem superstições ou cultos malignos.

Podem ainda ser visados os artigos e fotografias que incitem ao ódio e à discriminação entre grupos étnicos; difundam informação falsa, perturbem a ordem económica e social ou minem a estabilidade social da China; propaguem a obscenidade e a violência; humilhem, difamem ou ataquem os direitos legítimos de outra pessoa; enfraqueçam a ética social das tradições culturais da nação chinesa; e incluam outros conteúdos proibidos pelas leis e regras administrativas da China.

Segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), estas novas regras representam um passo atrás para a livre circulação de informação na China, pois quem as violar pode ser alvo de suspensão ou de ver cancelados os seus direitos a fornecer informação dentro da China.

As medidas também vão afectar a distribuição na China continental de informação publicada por agências noticiosas em Hong Kong, Macau e Taiwan, e as agências mais prejudicadas pelas novas regras deverão ser, segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a Reuters, a Bloomberg, a DowJones e a Kyodo, as quais vendem notícias de negócios aos média chineses.

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