Dois trabalhadores dos média foram assassinados e três outros foram alvos de tentativas de rapto no Iraque, uma situação que denota uma escalada de violência contra os jornalistas no Iraque e que foi condenada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
A 28 de Maio, Ismael Zayer, chefe de redacção do jornal independente “al-Sabah al-Jedid” e a sua mulher, Anneke van Ammelroy, que escreve para o semanário alemão “De Groene Amsterdammer” foram alvo de uma tentativa de rapto falhada. Os raptores conseguiram, no entanto, reter o guarda-costas e o motorista do casal, que aparecerem mortos no dia seguinte.
Também a 31 de Maio, Alaa Majid, repórter do “al-Sabah al-Jedid” escapou por pouco de ser raptada quando seis veículos, incluindo uma viatura da polícia, lhe impediram o acesso a casa.
Estes ataques parecem estar relacionados com a controversa origem do jornal que Ismael Zayer lançou a 3 de Maio, depois de abandonar a redacção do “Al-Sabah”, que fora fundado pela coligação no Iraque e que lhe estava a valer acusações de ser um porta voz da autoridade norte-americana no país.
Para a FIJ, esta situação mostra a crise e o caos que se estabeleceram no país, sendo particularmente chocante que as autoridades da coligação e as iraquianas tenham recusado dar protecção aos jornalistas, tornando-se assim culpadas por negligência.