Tunísia carece de liberdade de imprensa

A menos de um mês das eleições na Tunísia, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) insistiu junto dos jornalistas tunisinos para que confrontem o governo com as ameaças que amiúde são feitas à liberdade de imprensa no país.

As eleições parlamentares e presidenciais na Tunísia terão lugar a 24 de Outubro, o que motivou os apelos de Aidan White, secretário-geral da FIJ, durante o 22º Congresso da Associação de Jornalistas Tunisinos, que decorreu dia 26 em Tunis com a presença de 400 jornalistas.

Sublinhando que a pressão exercida pelo governo do presidente Ben Ali sobre a comunicação social ameaça a liberdade de expressão e causa “graves danos à imagem do jornalismo tunisino”, Aidan White afirmou que “os média e o governo ou os grupos políticos devem manter distâncias” e que os jornalistas têm de se opor “a toda e qualquer interferência editorial”.

A Federação enviou a Tunis uma delegação de jornalistas veteranos com vista a tentar mudanças no seio da Associação de Jornalistas Tunisinos, que foi suspensa da organização em 2003 após atribuir o seu Prémio da Liberdade de Imprensa ao presidente Ben Ali.

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