Um tribunal de Hong Kong deu razão ao diário “Sing Tao” na sua queixa contra uma rusga realizada a 24 de Julho pela Comissão Independente Contra a Corrupção (ICAC) a sete jornais daquele território chinês, e instou a agência a modificar os seus métodos de investigação.

O juíz Michael Hartmann deliberou que os agentes da ICAC poderiam ter usado medidas menos intrusivas para alcançar os seus fins, em vez de terem sujeitado os jornalistas a longos interrogatórios, feito buscas a computadores e apreendido material dos escritórios dos jornais.

O tribunal ordenou a devolução dos bens apreendidos ao “Sing Tao” e revogou o mandato de busca da ICAC, que realizou acções também nos títulos “Apple Daily”, “Oriental Daily News”, “The Sun”, “Hong Kong Economic Journal”, “Ta Kung Pao” e “South China Morning Post”.

O Comité para a Protecção dos Jornalistas aplaudiu esta decisão judicial e espera que, com este antecedente, a ICAC “refreie futuras medidas despropositadas”, as quais podem ter um efeito negativo para o jornalismo em Hong Kong.