O fotógrafo freelance sul-coreano, Jae Hyun Seok, viu o recurso da sua sentença de dois anos por tráfico de seres humanos ser rejeitado, a 19 de Dezembro, por um tribunal da província chinesa de Shandong, o que indignou o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).

“Ao manter Jae Hyun Seok na prisão, os líderes chineses ameaçam todos os correspondentes estrangeiros que pretendam fazer reportagens sobre assuntos potencialmente embaraçosos”, acusa o CPJ, que exige a libertação imediata e incondicional do jornalista.

Jae Hyun Seok, colaborador regular do “The New York Times”, foi preso a 18 de Janeiro quando filmava parte de um documentário sobre refugiados norte-coreanos na China, tendo sido condenado a 22 de Maio por tráfico de seres humanos, juntamente com dois chineses, um sul-coreano e um norte-coreano.

Segundo o CPJ, dos 38 jornalistas actualmente presos na China, este sul-coreano é o único estrangeiro, dado que os seus compatriotas Kim Seung Jin e Geum Myeong Seok – presos em Agosto por filmarem refugiados norte-coreanos que buscaram asilo numa escola gerida pelo governo japonês – foram libertados e deportados três semanas após a sua detenção.