Um tribunal de Minsk, na Bielorússia, condenou Alexander Sdvizhkov, editor do diário Zgoda, a três anos de prisão, por incitação ao ódio religioso e nacional na sequência da reprodução das caricaturas do profeta Maomé divulgadas em 2005 pelo Jyllands P
Esta decisão tomada à porta fechada e que será alvo de recurso por parte do visado segue-se ao encerramento do diário pelas autoridades em Março de 2006, após queixas da comunidade muçulmana do país, a qual pretendia contudo que o jornalista fosse repreendido e não preso, de acordo com o líder religioso Ismail Voronovich.
Os desenhos foram publicados no Zgoda a 18 de Fevereiro de 2006 para ilustrar um artigo sobre movimentos de protesto no mundo muçulmano e motivaram a acção imediata do KGB contra o jornal, apreendendo quatro computadores e iniciando o processo judicial poucos dias depois.
Alexander Sdvizhkov deveria ter sido julgado em Junho de 2006, mas para evitar a prisão fugiu do país, sendo detido a 18 de Novembro de 2007 quando regressou à pátria para visitar a campa do pai.
As organizações Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), bem como o representante para a liberdade de imprensa da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Miklos Haraszti, criticaram a sentença, considerando que as autoridades bielorrussas aproveitaram o caso para eliminar uma voz crítica e ligada à oposição ao presidente Lukashenko.