A Newspaper Guild of New York interpôs, junto do Conselho Nacional de Relacionais Laborais (NLRB) dos EUA, uma queixa contra o grupo Thomson Reuters por imposição unilateral e ilegal de cortes drásticos nas remunerações dos seus jornalistas, técnicos e outros funcionários sindicalizados.
Tendo a autoridade para ordenar à empresa que reponha a legalidade caso considere que as medidas tomadas por esta prejudicaram os trabalhadores, a NLRB irá analisar os factos deste caso e de um outro, em que a Guild acusa a empresa de não fornecer à associação sindical informação legalmente relevante, impossibilitando as negociações sobre contratos que decorrem há mais de um ano.
A associação de jornalistas acusou ainda a empresa de implementar de forma ilegal uma política que proíbe os funcionários da Thomson Reuters de twitar algo “que possa prejudicar a reputação da Reuters News ou da Thomson Reuters”, depois de um activista sindical ter respondido a um tweet de um administrador sobre “como fazer da Reuters um melhor local para trabalhar” dizendo que uma solução seria “lidar honestamente com os membros da Guild”.
“Esta disputa é acerca de como salvar o jornalismo de qualidade neste país”, afirmou Bill O’Meara, presidente da Newspaper Guild of New York, acrescentando que “se uma empresa saudável como a Thomson Reuters – cujo CEO ganhou quase tanto em 2008 como os salários anuais dos nossos 420 membros – corta nos salários, isso fará com que empresas menos saudáveis cortem ainda mais e, em breve, muitos dos jornalistas de que a nossa democracia depende deixarão de ter condições para continuar a exercer a profissão”.