SJ repudia agressão a jornalista do “Expresso” em evento com partido Chega na Universidade Católica

O SJ condena a agressão a um jornalista do “Expresso” durante uma ação de André Ventura na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, esta terça-feira. Um crime público, cometido à vista de muita gente, que tem de ser investigado e punido exemplarmente.

Um jornalista do “Expresso” foi retirado de uma sala da Universidade Católica, agarrado pelas mãos e pelos pés, depois de ter sido intimidado duas vezes. Uma agressão absolutamente inaceitável num estado de direito a um profissional da comunicação social, que se identificou devidamente, enquanto estava a fazer a cobertura de um evento anunciado pelo partido Chega, onde discursava André Ventura.

O SJ repudia de forma veemente este atentado contra a liberdade de Imprensa e contra a integridade física de um jornalista em funções. Solidário com o jornalista, o Sindicato dos Jornalistas disponibiliza todo o apoio necessário.

A agressão a jornalistas é um crime público desde 2018 e o Sindicato dos Jornalistas vai agir, apesar de não ser preciso apresentar queixa, exortando as autoridades a agirem com a celeridade que um atentado destes exige e pedindo uma punição exemplar para os agressores.

O SJ vai questionar a Universidade Católica sobre as medidas que tomou para evitar este tipo de comportamento dentro das suas instalações. E perguntar a André Ventura se o partido que lidera se revê nestas atitudes e nas insinuações intimidatórias do segurança do partido, segundo relato do “Expresso”, depois da expulsão violenta do jornalista da sala.

A Direção do Sindicato dos Jornalistas

 

(O título deste comunicado foi alterado para esclarecer que o evento não foi organizado pelo partido Chega.)

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