O Sindicato dos Jornalistas (SJ) apelou, a 27 de Julho, às principais entidades políticas nacionais e de Lisboa e Porto para que contribuam para persuadir a Prensa Ibérica a não desistir de assegurar a viabilidade de “O Comércio do Porto” e de “A Capital”, seja por meios próprios, seja pela sua entrega a investidores capazes e idóneos.

Reafirmando uma vez mais a sua convicção de que “é possível evitar o encerramento daqueles dois periódicos e proceder ao seu relançamento”, o SJ sublinha na mensagem enviada aos dignatários nacionais que “o poder político não deve ficar indiferente ao risco de desaparecimento dos jornais em causa e muito menos às consequências de tal desfecho nefasto.”

Na carta, enviada ao Presidente da República, presidentes dos grupos parlamentares, presidente da Subcomissão de Direitos Fundamentais e Comunicação Social da AR, primeiro-ministro, ministro dos Assuntos Parlamentares, presidentes das Câmaras Municipais de Lisboa e Porto, presidentes das Assembleias Municipais de Lisboa e Porto, e presidente da Alta Autoridade para a Comunicação Social, o SJ dá conta da ameaça de encerramento que pesa sobre os dois títulos, “devido ao eventual desinteresse do Grupo Prensa Ibérica na manutenção destas duas importantes publicações com relevante importância para as cidades do Porto e de Lisboa e destacado papel na história da Imprensa portuguesa”.

Para o SJ, a acontecer tal encerramento, “não estaríamos apenas perante a extinção de dois jornais importantes e o desemprego de centena e meia de trabalhadores, mas também perante um grave empobrecimento da diversidade informativa no nosso país”.