Situação dos jornalistas volta a complicar-se no Nepal

A situação dos jornalistas no Nepal voltou a deteriorar-se, havendo a registar a morte de um repórter, ferimentos em seis trabalhadores de um grupo de imprensa e vandalização de instalações dos média, informaram o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e o Centro para os Direitos Humanos e Estudos Democráticos (CEHURDES).

A 29 de Agosto, as forças de segurança nepalesas mataram alegadamente o jornalista Badri Khadka, do “Janadesh Weekly”, semanário que se crê ser o porta-voz dos rebeldes maoístas e que actualmente apenas é difundido via Internet.

Num outro incidente, ocorrido na manhã de 31 de Agosto, um grupo de indivíduos não identificados vandalizou as instalações do grupo de imprensa Kantipur provocando ferimentos em seis funcionários, entre os quais o director Kailash Sirohiya.

Segundo uma fonte do CPJ no grupo Kantipur, este ataque estará relacionado com notícias em defesa da minoria muçulmana no Nepal publicadas por órgãos do grupo, justificação semelhante à que foi avançada por outra fonte para o ataque de uma multidão em fúria aos escritórios da Channel Nepal, cujo proprietário é muçulmano.

Esta hipótese prende-se com a hostilidade da população para com a minoria muçulmana no Nepal depois da morte de 12 reféns nepaleses às mãos de um grupo radical no Iraque, a qual originou motins em Katmandu e obrigou o governo a declarar um recolher obrigatório por período indeterminado.

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