Sindicatos na Europa de Leste lutam por direitos mínimos

Decorridos 13 anos sobre o início da transição política, os jornalistas da Europa Central e dos Balcãs continuam a ver negados direitos básicos, como o reconhecimento das associações profissionais, ordenados dignos ou a segurança no trabalho, foi denunciado num encontro de jornalistas daquela região.

Jornalistas e associações sindicais de 15 países da Europa Central e da penísula balcânica participaram, na provícina croata da Ístria, num encontro organizado pela Federação Internacional de Jornalistas e pelo Sindicato dos Jornalistas da Croácia, na sequência do qual lançaram um apelo à unidade, em defesa dos direitos sociais e profissionais.

Os 60 participantes no encontro, que decorreu entre 3 e 6 de Outubro, aprovaram uma declaração, que foi divulgado esta semana, no sítio da Federação Internacional de Jornalistas.

“Apesar de uma transição que dura há 13 anos e de enormes desenvolvimentos no sector dos média, nomeadamente devido à implantação de empresas multinacionais da área dos média na Europa Central e de Leste, os jornalistas continuam a trabalhar em condições inaceitáveis de pobreza, com escassa ou nenhuma segurança no trabalho, é-lhes negado o direito de representação, não recebem regularmente as pensões e pagamentos da segurança social e trabalham muitas vezes em situações que colidem com as leis laborais”, lê-se no documento.

Os delegados referem ainda que cada vez mais jornalistas são forçados a trabalhar na condição de «freelancers», sem que os seus direitos mínimos sejam acautelados.

A declaração apela aos jornalistas para superaram as suas divergências e organizarem-se num único sindicato em cada país, exige a implementação de contratos colectivos respeitando os direitos profissionais e pede a adopção de medidas específicas para proteger os jornalistas «freelance».

Apelam ainda às organizações internacionais para que os apoios financeiros a projectos na área da comunicação sejam apenas atribuídos a empresas que respeitem os direitos sindicais e pedem aos jornalistas dos países onde estão sediadas as multinacionais da área dos média que exerçam pressão no sentido de estas respeitarem os direitos dos seus camaradas da Europa Central e de Leste.

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