Sindicatos italianos contestam decreto de Berlusconi

No decreto aprovado pelo conselho de ministros italiano a 23 de Dezembro “não há qualquer traço das indicações do Presidente da República acerca da Lei Gasparri”, afirma o secretário-geral da Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI), Paolo Serventi Longhi.

Considerando que o governo aprovou este decreto só para prolongar o prazo permitido pela sentença do Tribunal Constitucional e, deste modo, salvar a Rete 4 e a RAI 3, o dirigente sindical italiano aponta a ausência de “qualquer intenção de uma mudança radical na Lei Gasparri, no sentido indicado pelo Presidente Carlo Azeglio Ciampi” nas palavras e actos do governo de Silvio Berlusconi.

Paolo Serventi Longhi contesta ainda a falta de “um percurso claro, uma cadência precisa e, sobretudo, uma lei com novo conteúdo, que emane de um amplo debate parlamentar e da consulta às forças sociais. Uma lei que garanta verdadeiramente o pluralismo da informação, uma repartição justa dos recursos publicitários, condições iguais para grandes e pequenos grupos, a recusa de posições dominantes e a defesa do papel de serviço público da RAI”.

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