Sindicato dos Jornalistas escreveu ao ministro para denunciar situação dos “colaboradores” do GMG

O Sindicato dos Jornalistas escreveu ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, que tutela a Comunicação Social, a pedir uma reunião urgente para abordar, em especial, a situação dos trabalhadores a recibos verdes da Global Media Group (GMG).

O pedido, efetuado na semana passada, tem por objetivo informar o ministro da grave situação que afeta centenas de trabalhadores a recibos verdes do grupo, conhecidos na empresa como “colaboradores”. O SJ, antecipando uma resposta positiva do ministro, pretende clarificar junto da tutela a situação destas pessoas e expressar ao ministro a importância de não deixar esquecidos os pagamentos a estas pessoas, agora e depois de concretizado o negócio da venda de parte dos títulos do GMG.

Ao dia 11 de junho, há jornalistas com dois meses de vencimentos em atraso, de acordo com a prática instituída na empresa, e que o SJ sempre contestou, de pagar ao dia 10 do mês seguinte às pessoas sem vínculo laboral permanente. Pelas contas do SJ, cerca de 100 pessoas esperam ainda para receber os montantes correspondentes ao mês de março, que teria de ser pago até de abril. Para estes trabalhadores, o pesadelo e o sofrimento agudizam-se a partir de hoje, pois passou mais um mês, sem que a administração do GMG tenha conseguido encontrar uma solução ou tenha dado uma resposta cabal aos trabalhadores.

Empurrar para depois da conclusão do negócio de venda de parte dos títulos – JN, o Jogo e TSF – à empresa Notícias Ilimitadas é deixar à fome as largas dezenas de pessoas que têm agora dois salários em atraso e voltar a atirar para as garras da ansiedade aqueles que tiveram a sorte de receber o mês de março, num processo que cuja discricionaridade não se entende, com uma frieza que não se pode tolerar.

O SJ lamenta o silêncio da administração da Global Media Group no meio deste processo e está disponível para ajudar os associados a tomar as medidas que acharem necessárias e previstas na lei para defenderem os seus direitos e dignidade.

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