O secretário-geral da Organização Regional das Américas da Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres (CIOSL-ORIT), Víctor Báez Mosqueira, e três outros dirigentes sindicais foram impedidos de entrar na Colômbia no passado fim-de-semana.
A 30 de Outubro e 1 de Novembro, os quatro sindicalistas foram detidos por agentes dos serviços de inteligência DAS no aeroporto de Bogotá, com o pretexto de não possuírem visas válidos, apesar de três deles não necessitarem de autorizações de entrada.
Num outro caso, líderes sindicais britânicos, irlandeses e espanhóis que possuíam vistos de 60 dias para participar num encontro de mulheres sindicalistas, viram-nos subitamente cancelados e substituídos por autorizações de permanência no país por três dias. A situação só foi rectificada após protesto formal de representantes das Federações Globais de Sindicatos junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano.
“Num país em que os activistas sindicais estão a ser mortos enquanto lutam pelos seus direitos, é intolerável que sindicalistas internacionais que expressam a sua solidariedade e apoio sejam vítimas de um jogo político de intimidação”, afirmou o secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Aidan White.
Considerando estas acções como “inexplicáveis”, o dirigente da FIJ recordou que a Colômbia é um dos locais mais perigosos do mundo para sindicalistas, como se comprova pelos mais de 50 trabalhadores sindicalizados mortos este ano.
