A câmara alta do parlamento do Afeganistão decidiu apoiar a pena de morte imposta ao jornalista Sayed Parwez Kambakhsh, do diário “Jahan-e Naw”, e condenar as tentativas das organizações de defesa dos direitos humanos que pretendiam anular a sentença.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) criticou esta atitude e acusou os senadores afegãos de não perceberem o que é a democracia.

“Esta decisão dos legisladores afegãos é uma confirmação chocante da intolerância e uma falta de respeito pela liberdade de expressão”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, sublinhando que os comentários do Senado estão “preocupantemente afastados dos padrões internacionais de democracia”.

Lamentando que os parlamentares afegãos não respeitem a própria lei pela qual se deveriam reger – pois a constituição diz que a liberdade de expressão é inviolável –. Aidan White decidiu apelar ao presidente Hamid Karzai para que intervenha no caso e, ao mesmo tempo, dar total apoio a grupos locais, como a Associação Afegã de Jornalistas Independentes, que lutam para que se faça justiça neste caso.