“Reforço dos Sindicatos de Jornalistas e Diálogo Social: Sindicalizemo-nos” foi o tema de um seminário organizado pela Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) em Vilnius, Lituânia, a 1 e 2 de Dezembro.
Em debate esteve igualmente a “flexisegurança”, tema central do Livro Verde da Comissão Europeia visando “adaptar o direito do trabalho para garantir a flexibilidade e a segurança para todos”, bem como a questão da igualdade de género na profissão de jornalista.
Os representantes de 20 países presentes no seminário de Vilnius analisaram também as conclusões elaboradas a partir dum questionário da FEJ sobre recrutamento e convenções colectivas.
Se as condições de vida e de trabalho diferem de país para país, os problemas que afectam os jornalistas são basicamente idênticos: número crescente de trabalhadores independentes, recurso frequente ao exercício doutras profissões para equilibrar o orçamento, discriminação salarial dos jovens, pouca protecção no trabalho, crescentes exigências de formação e disponibilidade. Motivos de sobra para olhar com preocupação para a “flexisegurança”, em debate na União Europeia até Abril de 2007.
Com os empregadores a pressionarem para que a legislação garanta a concorrência, com a proliferação do trabalho atípico, e com o ataque generalizado às convenções colectivas, não foi difícil concluir que importa analisar a questão da “flexisegurança” pelo lado do trabalhador e não da concorrência, que é indispensável conjugar esforços a nível sindical e não perder de vista os diferentes contextos, pois os muito citados exemplos da Dinamarca e da Noruega não podem fazer esquecer as diferentes realidades nacionais.
A iniciativa, levada a cabo com o apoio da Comissão Europeia, contou com a presença de 35 participantes de 20 países, incluindo Portugal, que esteve representado por Anabela Fino, membro do grupo de trabalho para os direitos laborais – Labor Rights Expert Group (LAREG) – da FEJ.
