Semanário “The Economist” censurado na Malásia

Funcionários governamentais malaios rasgaram páginas e censuraram parágrafos inteiros de artigos da edição internacional de 23 de Dezembro de 2006 do jornal “The Economist”, revelou o Centro para o Jornalismo Independente (CIJ) da Malásia.

As peças censuradas abordavam crenças de muçulmanos afegãos e somalis em jinns (génios) e a ida de uma mulher muçulmana a um templo dedicado à Virgem Maria para rezar por fertilidade, acções consideradas pelos funcionários do governo malaio como contrárias aos ensinamentos do Islão.

“Em vez de desencorajar a descoberta das tradições alheias, muçulmanas ou cristãs, o governo deveria encorajar a procura de conhecimento, num espírito de apoio à tolerância e à compreensão”, afirmou em comunicado o CIJ, mostrando-se preocupado com este acto de censura.

A organização realçou ainda que a censura de publicações que estão disponíveis online vai aumentar o fosso entre quem tem acesso a informação na Internet e quem não o tem.

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