Os jornais do Cazaquistão “Epokha”, “Svoboda Slova”, “Zhuma-taims”, “Apta.kz”, “Azat” e “Soz”, que juntos têm uma tiragem de 400 mil cópias, foram impedidos de imprimir as suas edições de 26 de Setembro, depois de terem feito a cobertura da campanha do candidato da oposição às presidenciais.
Os responsáveis da gráfica Vremya-Print, empresa privada que costuma imprimir aqueles títulos, não avançaram quaisquer explicações para a decisão, mas os editores dos jornais revelaram numa conferência de imprensa que diversas outras gráficas recusaram a impressão, o que se torna suspeito.
Face à situação, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) sublinha que o presidente Nursultan Nazarbayev e a sua equipa pressionam sistematicamente as gráficas privadas para que não imprimam jornais independentes, impedindo assim a difusão de opiniões contrárias ao regime.
Para o CPJ, além de constituir um ataque à liberdade de imprensa, estas atitudes levantam dúvidas acerca da legitimidade das eleições previstas para 4 de Dezembro e nas quais Nursultan Nazarbayev, há 16 anos no poder, enfrenta a concorrência de Zharmakhan Tuyakbai, candidato pela aliança “Por um Cazaquistão Justo”.