Segunda jornalista morta nas Filipinas este ano

A colunista Marlyn Garcia Esperat, da revista semanal “Midland Review”, foi morta a tiro por dois homens armados, a 24 de Março, na sua própria casa, em Mindanao, Filipinas, e na presença da filha de 10 anos.

Na sequência do crime, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) dirigiu uma carta ao ministro do Interior, Angelo Reyes, assinalando que este é o segundo assassinato de um colunista desde o início do ano nas Filipinas e exigindo condições para que a imprensa possa trabalhar em segurança, apesar dos ataques que se repetem e ficam impunes.

Na missiva, a RSF apela ainda a uma investigação séria das condições em que foi morta a jornalista e informa que vai enviar uma delegação ao país entre 7 e 13 de Abril, para apurar factos relativos à morte de jornalistas.

Marlyn Garcia Esperat, de 45 anos, encontrava-se sob escolta policial, mas autorizara os agentes que a acompanhavam a irem passar a Páscoa com as respectivas famílias. No dia 24, ao início da manhã, dois indivíduos armados entraram-lhe em casa, mataram-na e depois saíram calmamente a pé.

A polícia, que está a investigar o caso, não exclui a hipótese de o assassinato se dever ao facto de Marlyn Garcia Esperat ser jornalista, tanto mais que travava uma cruzada contra a corrupção, tendo, pouco antes de ser morta, escrito sobre nepotismo na cidade de Sultan Sa Barongis e acerca de um desvio de cerca de 750 mil euros do departamento da agricultura local.

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