A 6 de Maio o presidente francês Nicolas Sarkozy acusou órgãos como a France Presse, o Le Parisien e o LExpress de preconceito por não terem dado notícia de um veredicto do Tribunal de Rennes que considerou Segolène Royal, a sua rival nas últimas ele
No dia seguinte, a UMP, partido de Sarkozy, acusou a France Presse de censura por não ter feito notícia de um dos comunicados de imprensa do partido.
Perante estas queixas, a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) reagiu, frisando que os média não são obrigados a relatar toda a informação do presidente ou do partido de governo e recordando que há um ano foi Segolène Royal quem acusou a France Presse de ser tendenciosa, o que demonstra a imparcialidade da agência.
Enquanto candidato, Sarkozy garantiu-nos que acreditava que os média era um elemento-chave da vida democrática, mas parece que se esqueceu desses princípios como presidente e agora não hesita em gritar censura quando os média não relatam notícias como ele quer. Estamos chocados com este comportamento, afirmou Arne König, presidente da FEJ.
O líder sindical disse ainda que em França o financiamento do serviço público de radiodifusão está em risco, as discussões sobre a lei de protecção das fontes estão suspensas e agora o presidente Sarkozy e o seu partido acusam os média de serem tendenciosos, considerando que esta é uma forma chocante de defender a liberdade de imprensa em França, um ano após as eleições presidenciais.