Salários em atraso e despedimentos na imprensa brasileira

Salários em atraso e despedimentos são os principais problemas provocados pela crise financeira que afecta a Editora Três, de São Paulo, o jornal “Diário da Manhã”, de Goiás, e o jornal “Tribuna de Alagoas”, três situações que preocupam a Federação Nacional de Jornalistas brasileira (Fenaj).

No caso da Editora Três – que publica títulos como a “IstoÉ” ou a “Gula” – o desenvolvimento mais recente foi o despedimento, a 11 de Maio, de 240 trabalhadores, entre os quais 40 jornalistas. A principal queixa do sindicato prende-se com o facto de a empresa não dialogar ou informar os trabalhadores acerca da situação, estando a seguir uma política de redução do pessoal e unificação das redacções dos vários títulos que edita.

No “Diário da Manhã”, de Goiás, a direcção despediu 28 profissionais na sequência de um protesto silencioso realizado a 11 de Maio, durante o qual o pessoal da redacção se vestiu de preto para contestar atrasos no pagamento de salários desde Janeiro e o facto de o chefe de redacção, Ton Alves, ter sugerido que quem se sentisse insatisfeito com a situação que pedisse as contas.

Por fim, os trabalhadores do “Tribuna de Alagoas” ocuparam a empresa e lançaram uma nova edição do jornal, com o nome de “Tribuna Independente”, após meses de salários em atraso e desrespeito dos seus direitos, estando ainda a preparar uma passeata pela orla marítima de Maceió, que passará pelo prédio de cada um dos proprietários do jornal e que visa cobrar-lhes os salários atrasados e as indemnizações a que têm direito.

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