A repressão sobre os jornalistas agravou-se no Nepal com violência policial e detenções de jornalistas que, segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), fazem lembrar o golpe de 1 de Fevereiro de 2005.
A 20 e 21 de Janeiro, pelo menos cinco jornalistas ficaram feridos em virtude de cargas policiais, tendo um sexto profissional da comunicação sido agredido a 23 de Janeiro quando cobria um protesto estudantil. Há ainda notícias da detenção de dois jornalistas e de casos de tortura de repórteres que já estavam detidos.
Além dos jornalistas locais, a repressão governamental também atingiu a imprensa estrangeira, com o ministro da Informação e Comunicações a tirar do ar os canais noticiosos indianos Aaj Tak e Star News, acusando-os de transmitirem imagens “prejudiciais à segurança e soberania do país e de natureza provocatória”.
As autoridades locais de Nepalgunj, na fronteira com a Índia, deram ainda ordens para que os funcionários públicos rasgassem as folhas de diários indianos que contivessem informação sobre as manifestações pró-democracia e as equipas de reportagem da Star News e da CNN-IBN viram as suas cassetes confiscadas e apagadas por forças de segurança, depois de registarem a prisão domiciliária de Madhav Kumar Nepal, líder do maior partido marxista-leninista do reino.
