Fahim Ihsan, repórter da estação afegã Mazar Governmental Television, morreu em circunstâncias misteriosas a 17 de Dezembro. Ihsan vinha sendo alvo de ameaças de morte e chegou mesmo a ser agredido devido às suas reportagens sobre funcionários do governo local no programa televisivo “Shere-Ma-Khane-Ma”.

A Associação Afegã de Jornalistas Independentes está a investigar a morte de Fahim Ihsan, que foi o terceiro jornalista assassinado no Afeganistão este ano.

Quatro dias antes da morte do repórter, de 30 anos, o jornalista britânico Tim Albone – freelance ao serviço do “The Globe and Mail” – ficou ferido sem gravidade na sequência do rebentamento de uma bomba num veículo perto da localidade de Maywant, 90 quilómetros a Oeste de Kandahar.

“Estes dois incidentes mostram que o jornalismo é uma profissão perigosa no Afeganistão. Tanto jornalistas estrangeiros como locais enfrentam o perigo diário de serem apanhados no fogo cruzado ou pagar o derradeiro e trágico preço, como aconteceu com Fahim Ihsan, por relatarem a verdade”, afirmou o presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Christopher Warren.