Repórter azeri raptado e ferido com gravidade

O jornalista Fikret Huseynli foi raptado a 5 de Março em Baku, no Azerbaijão. Após o terem torturado e ferido gravemente, os raptores abandonaram o repórter, sem sentidos, nos arredores da cidade.

O repórter do diário “Azadlig”, que se encontrava de serviço na zona de Badamdar, foi agredido várias vezes pelas costas até perder a consciência. Quando voltou a si, estava dentro de um automóvel Lada, juntamente com três homens, que o levaram até uma zona periférica da cidade e o atiraram para fora do veículo.

Em seguida, ataram-lhe as mãos, partiram-lhe os dedos e um dos agressores apunhalou-o no pescoço, após o que o abandonaram, de novo sem sentidos. Fikret Huseynli recuperou no entanto a consciência minutos mais tarde, conseguiu pedir ajuda e foi levado para o hospital.

Apesar do estado grave do jornalista, devido à elevada perda de sangue, os seus familiares optaram por levá-lo para casa, com receio de que Fikret Huseynli fosse interrogado por forças de segurança durante a noite, caso permanecesse no hospital.

Segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), esta não é a primeira vez que este tipo de violência é usado contra jornalistas no Azerbaijão, pelo que instou o presidente Ilham Aliyev a garantir uma investigação séria ao caso e a punir os responsáveis pelo ataque.

Em Fevereiro, Fikret Huseynli recebeu telefonemas ameaçadores que o “aconselhavam” a abandonar o jornalismo, depois de ter escrito vários artigos a condenar a corrupção de alto nível no país e as actividades criminais de alguns oligarcas.

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