O comité de censura da junta militar que governa a Birmânia suspendeu quatro publicações durante o mês de Fevereiro, noticiaram a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e a Associação de Média da Birmânia (BMA).

A proibição mais caricata foi a da revista “Han Thit”, que foi avisada de que as suas edições de Abril e Maio vão ser alvo de uma suspensão, devido à publicação de um anúncio sobre o Dia dos Namorados na edição de Fevereiro.

A direcção da revista recorreu da decisão com vista a reduzir a pena para apenas um mês e aguarda pela decisão do comité de censura, que aplicou esta sanção com base no facto da junta militar que governa o país ter proibido a celebração da data por a considerar uma “influência negativa do Ocidente”.

Além da “Han Thit”, há a registar a proibição de saída das edições de Fevereiro das publicações mensais “Nwe Ni” e “Myanma Dana”, cujas primeiras páginas não foram aprovadas pelo comité de censura, e do semanário “The Voice Journal”, que foi suspenso de 14 a 27 de Fevereiro por ter publicado uma notícia alegadamente falsa na edição de 6 de Fevereiro.

Segundo vários jornalistas de Rangum, actualmente o comité de censura da Birmânia é directamente controlado por oficiais do Gabinete de Guerra, depois da saída forçada, a 17 de Fevereiro, do major Aye Thun, devido às ligações deste ao ex-primeiro-ministro Khin Nyunt.