Quatro profissionais presos por calúnia no Benim

Três jornalistas e o director de uma empresa privada de média foram condenados a seis meses de prisão e uma multa de 500 mil francos CFA (750 euros) no dia 16 de Fevereiro, pelo crime de calúnia. A condenação ocorre um ano depois daqueles profissionais terem acusado o antigo ministro Luc Gnacadja de desvio de dinheiro.

Os jornalistas sentenciados foram Euloge Aïdasso, director da Golf Fm, Charbel Aïhou, director da Golf TV, e Joel Ahoffodji, ex-director da Golf TV, órgãos que pertencem ao quarto réu, o director da empresa de média La Gazette du Golf, Ismaël Soumanou.

“Protestamos contra este julgamento porque não é a solução para os erros ou enganos jornalísticos”, afirmou o director da delegação africana da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Gabriel Baglo, frisando que “desde que o presidente Yayi Boni chegou ao poder a liberdade de imprensa no Benim se deteriorou”.

O responsável da FIJ instou o governo e os deputados do Benim a descriminalizar a difamação e crimes afins o mais depressa possível, demonstrando assim o seu apoio ao Sindicato de Profissionais dos Média do Benim (UPMB), que está em negociações com o parlamento para que, caso a difamação seja descriminalizada, as penas de prisão não sejam substituídas por multas elevadas.

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