A liberdade de expressão e de imprensa tem sido afectada pela proliferação global de leis anti-terroristas, denunciou o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) nas resoluções finais da sua 52ª Assembleia Geral, realizada a 15 de Setembro em Salzburgo, na Áustria.
Apesar de partilhar as preocupações acerca da escalada do terrorismo e da necessidade de o combater, o IPI acredita que muitos países regrediram, ou estão prestes a regredir, para uma repressão inaceitável dos média e da liberdade de expressão como parte da campanha internacional contra o terrorismo.
O IPI acredita que o máximo de transparência acerca do terrorismo é a melhor forma de combater o mal e solicita aos governos que o combatem que não impeçam os média de cumprirem o seu papel na recolha e publicação de notícias de interesse público.
A par desta preocupação, o IPI condenou por unanimidade a actuação contra a imprensa independente que tem vindo a ocorrer na Coreia do Sul e no Zimbabué e a suspensão por um ano da RSF da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, onde a organização tinha um papel consultivo.
O IPI contestou igualmente a realização, em 2005, da Conferência Mundial sobre a Sociedade da Informação na Tunísia, enquanto este país do Norte de África continuar a violar a liberdade de expressão e a censurar a imprensa e os jornalistas.