Um procurador escocês decidiu não proceder criminalmente contra a jornalista da BBC Arifa Farooq, que usou o nome da sua irmã para se candidatar a trabalhos no âmbito de uma investigação sobre abusos sobre idosos.
A decisão foi saudada pelo Sindicato Nacional dos Jornalistas britânico (NUJ), que tinha vindo a fazer pressão neste sentido por considerar que Arifa “merece ser louvada e não perseguida”, pois a situação que ajudou a desvendar era suficientemente grave para justificar os meios empregues.
Na sequência da reportagem de Arifa, que revelou práticas abusivas em empresas que tratam de idosos ao domicílio, a comissão de Governo Local do Parlamento escocês iniciou investigações sobre o assunto.
“Esta é uma vitória para a liberdade de imprensa”, afirmou o secretário-geral do NUJ, Jeremy Dear, dando os parabéns a Arifa e aos responsáveis sindicais na Escócia que trabalharam no sentido de fazer abortar a queixa e frisando que “o sindicato irá continuar a defender jornalistas que sejam perseguidos por fazerem bem o seu trabalho e que defendam os valores do jornalismo de interesse público”.